sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Presidente espera reestruturar a Liga

Fábio Costa espera que ano que vem seja de “recomeço” para a entidade
Por: Léo Borges
 Foto: Léo Borges 
Fábio Costa, presidente da LBCF
O basquete cabofriense teve seus altos e baixos em 2011. No primeiro semestre foi campeão dos Jogos Abertos Brasileiros (JAB’s) e no segundo semestre a Liga passou por problemas financeiros por conta da participação da equipe na Copa Carioca. Para que isso não se repita no ano que vem, o presidente da Liga de Basquete de Cabo Frio (LBCF), Fábio Costa, já vem planejando o futuro.

Procurado pela reportagem do “Na Jogada”, Fábio respondeu a algumas perguntas, como sobre a decisão do municipal, sobre o planejamento para 2012 e os planos para o basquete cabofriense.

Na Jogada: Em quem você aposta para ser o campeão municipal?

Fábio Costa: A final vai ser complicada, pois o time da Sika já foi campeão em outras edições e tem jogadores experientes que já jogaram campeonatos estaduais e brasileiros. O time do Veneno é um time novo, atletas que foram treinados pelo Macarrão. A equipe é muito bem armada em quadra e sabe jogar, até porque tem um técnico de qualidade e isso faz a diferença dentro de quadra. Você vê que na semifinal eles trabalharam bem a bola, é um time que sabe jogar. Mas acredito que o favoritismo é do Sika, até pela bagagem que vem carregando.

NJ: Qual a avaliação que você faz do campeonato?



FC: O campeonato foi maravilhoso, tirando os problemas que tivemos com quadra, pois só com um ginásio funcionando e com a demanda de esportes que tem na cidade, acaba ficando sobrecarregado. Houve uma tentativa de antecipar o nosso Municipal para ter um calendário definido e não conseguimos. Tivemos oito equipes disputando a competição e no quesito quadra foi complicado. Fora isso a competição foi um sucesso.

NJ: Os árbitros que apitaram as semifinais foram do Rio de Janeiro. É importante a vinda desses profissionais para que os árbitros da cidade possam estar se preparando e vendo uma arbitragem de alto nível?

FC: Eram dois jogos muito importantes e a gente tinha que ter um nível técnico de arbitragem melhor. O Renato e o Evaldo são árbitros da Federação e apitaram campeonato brasileiro, tem uma experiência tremenda. Eu sinto muito em nossos árbitros não estarem presentes para poder realmente fazer esse aprendizado. Foi importante trazer dois árbitros que são neutros, para preservar a Liga, o campeonato e a nossa arbitragem, porque existe aquela relação de amizade. Acho que a vinda deles só valorizou a competição.

NJ: E você já está planejando o campeonato do ano que vem?

FC: Com certeza. A idéia é fechar com mais dois times, para termos dez ou até quem sabe 12 equipes. Hoje o campeonato está mais aberto, as pessoas estão jogando aqui. Só o fato de você não ter aqueles dois mega times, você acaba incentivando outras equipes a disputarem a competição. Esse ano foi diferente e acredito que vai acontecer no ano que vem de novo.

NJ: Quais são os projetos da Liga para o ano que vem?

FC: Esse ano foi meio confuso pra Liga. Tivemos alguns problemas principalmente no quesito financeiro e agora as coisas estão começando a se acertar. Jogamos um campeonato sub15, que é muito dispendioso. Um dos grandes culpados disso foi a minha própria falta de experiência em administrar as coisas. Eu tentei alcançar coisas com o time adulto, tive algumas promessas que não foram cumpridas e apostei junto com os atletas e acabou que todo mundo saiu perdendo.

O que fica de bom é que fomos campeões brasileiros (Cabo Frio foi campeão neste ano dos Jogos Abertos Brasileiros). Fomos terceiro lugar no Estadual, recebemos Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Cabo Frio e nada aconteceu depois disso. A Prefeitura já nos ajuda, mas precisamos do apoio empresarial também. O nosso planejamento para o ano que vem é fazer os campeonatos interescolares, vamos recomeçar do zero.

NJ: Como seria isso?

FC: Nossa arma vai ser o minibasquete, com as tabelas baixas para que as crianças possam aprender a modalidade e envolver os pais dessas crianças, pois sem eles não vamos chegar a lugar nenhum. Nossa intenção inicial é começar com quatro pólos, um na passagem, outro na APAE de Cabo Frio, outro no Jardim Esperança e um em Unamar. Daqui a pouco isso invade as escolas. Basquete adulto só com patrocínio de fora. Por enquanto vamos reformular o basquete aqui dentro, formar atletas.

NJ: O adulto não vai participar de nada, mas teremos alguma equipe na base disputando o Estadual?

FC: Tudo vai depender do nosso cronograma orçamentário com comprovação. Se tivermos condições de arcar, vamos jogar. O que não é ficar devendo van e as pessoas. Não posso me sacanear e muito menos ao profissional que na maioria das vezes tem boa vontade. Hoje a estruturação da Liga é a prioridade. Segundo é o minibasquete. O terceiro é o AMA Cabo Frio, que são os quatro núcleos que eu comentei. Se dentro do orçamento tiver espaço para uma equipe da base jogar o Estadual, vamos jogar. O que não posso é ter 12 jogadores, quatro da comissão técnica e os pais dos atletas esperando a van e ela não vir, porque não conseguimos fazer o pagamento.

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